O atual cenário de câmbio desvalorizado e de aquecimento da economia global favorece as exportações brasileiras, o que tende a impulsionar as operações no Porto de Santos. Esse ambiente positivo pode ser observado no aumento expressivo dos indicadores operacionais da Santos Brasil (STBP3) e no crescimento da receita.
A Companhia conseguiu auferir lucro líquido e apresentou boa melhora das margens. O nível de endividamento líquido negativo também merece destaque positivo, pois reduz a vulnerabilidade financeira da empresa. Por outro lado, o crescimento expressivo das despesas operacionais gera cautela, ao mesmo tempo em que a margem líquida ainda se mostra restrita. Isso indica que uma piora mais aguda dos resultados pode reverter novamente o lucro para prejuízo. Para o longo prazo, preferimos manter a cautela até que a Companhia consolide margens mais robustas. Por isso, apontamos tendência neutra para o ativo STBP3.
ANÁLISE DE RESULTADOS 3º TRIMESTRE DE 2018
A Santos Brasil apresentou bom crescimento tanto na receita bruta quanto na receita líquida na comparação entre o terceiro trimestre de 2017 e o terceiro trimestre de 2018. Indicador mais relevante, a receita líquida atingiu R$256 milhões no atual trimestre, uma alta de 23,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Os segmentos de Terminais Portuários e Logística, principais da Companhia, puxaram o crescimento da arrecadação. O primeiro passou de uma receita líquida de R$142 milhões para uma de R$176 milhões, alta de 24%, enquanto o segundo passou de R$54,8 milhões para R$67,4 milhões, alta de 23%.
Os custos dos serviços acompanharam o crescimento das receitas e atingiram R$176 milhões, incremento de 10%. Os custos do segmento de terminais portuários avançaram 9,4% entre o 3T17 e o 3T18, somando R$126 milhões, em função do maior volume de operação, e foram o principal driver do crescimento da rubrica. Com isso, o lucro bruto passou de R$47,3 milhões no terceiro trimestre de 2017 para R$79,6 milhões no 3T18, aumento de 68,3%. A margem bruta (lucro bruto/receita líquida), por sua vez, saltou de 22,8% para 31,1%.
As despesas operacionais tiveram crescimento acima do crescimento da receita. Entre julho e setembro deste ano, a rubrica atingiu R$49,7 milhões, valor 57% superior ao auferido no mesmo período do ano passado. As despesas gerais e administrativas quadruplicaram, passando de R$3,9 milhões para R$15,7 milhões, enquanto as despesas com vendas cresceram 28%, de R$26 milhões para R$33 milhões. O resultado financeiro e os gastos com impostos tiveram pouco impacto sobre o resultado final.
O resultado líquido reverteu um prejuízo de R$900 mil para um lucro de R$9,1 milhões. A margem líquida (resultado líquido/receita líquida) passou de -0,4% para 3,6%. O Ebitda também apresentou melhora, saindo de R$49,4 milhões para R$60,7 milhões (+23%). A margem Ebitda (Ebitda/receita líquida), por outro lado, ficou praticamente estável: 23,8% no 3T17 e 23,7% no 3T18. O segmento de terminais portuários mantém-se como o principal segmento gerador de caixa e apresenta margem Ebitda de 32%. Por outro lado, o segmento de logística auferiu margem Ebitda de 6,4%, valor considerado bastante baixo.
Quanto ao endividamento, a Companhia apresentou situação financeira bastante confortável. Após a redução de 11% na dívida bruta, o endividamento líquido tornou-se negativo (-R$39 milhões), ou seja, o caixa da Santos Brasil é mais que suficiente para cobrir todos os compromissos da Empresa. Por isso, a Companhia não se encontra alavancada.
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