Visão sobre o Inter: Compra
O setor bancário continua a ser bastante interessante para investimentos no longo prazo. O Inter, apesar de ser um banco com foco no varejo, apresenta uma proposta disruptiva, com diferenciais promissores. Dessa forma, as principais estratégias adotadas pela Companhia vão no sentido de simplificar e desburocratizar a sua interface, que é 100% digital, ao mesmo tempo em que busca diversificar as suas receitas e monetizar a sua base de clientes cada vez maior.
O modelo tem gerado um crescimento expressivo de suas métricas operacionais e de sua base de clientes, que atingiu o total de 18,6 milhões de correntistas no primeiro trimestre de 2022 (+82% na comparação com o mesmo período do ano anterior). Para o médio/longo prazo, a intenção é tornar o Inter uma instituição não apenas bancária, mas também de venda de produtos, especialmente através de seu “Super App”, que conta com produtos e serviços de varejo em conjunto com o digital banking. Nesta perspectiva, destaca-se o crescimento de sua plataforma aberta de investimentos (PAI) e a expansão do Inter Shop, além da iniciativa do Inter Seguros.
Nesse sentido, ao analisarmos o resultado do primeiro trimestre de 2022, enxergamos que as estratégias traçadas pela Companhia estão gerando resultados. Houve avanço significativo na base de clientes comparado ao seus pares, somado a boa reputação nos atendimentos baseado nas métricas utilizadas pelo mercado. Como destaque positivo, enfatizamos a originação do crédito, que alcançou R$4,5 bilhões no primeiro trimestre de 2022, direcionados principalmente às empresas, ao crédito imobiliário, crédito consignado e ao crédito rural.
Com relação às outras áreas da Instituição, ainda observando o resultado acumulado de 2021, enxergamos como positiva a boa performance do InterShop ao alcançar R$1,1 bilhões em GMV (Volume Bruto de Mercadorias), crescimento de 56% versus 1T21. No período, a Inter Shop registrou 6,8 milhões de transações e 504 mil novos clientes na plataforma. O crescimento do segmento pode ser verificado ao olharmos a receita gerada que teve um aumento de 145% em relação ao primeiro trimestre de 2012.
O Inter finalizou o processo de aquisição do banco digital americano USEND. Outro importante marco alcançado pela Companhia foi a aprovação da reorganização societária, com a migração das ações da B3 para a Nasdaq.
Com a aprovação da reorganização societária e a migração das ações para a Nasdaq, a Companhia visa dar maior visibilidade para investidores tech internacionais, maior acesso ao mercado de capitais internacional, além de conseguir uma maior flexibilização para captação de recursos com finalidade de financiamento de suas operações e expansão. Diante deste novo cenário para a Companhia acreditamos em um viés positivo para o longo prazo.
Visão sobre os resultados do Inter: Positiva
No 1T22, as receitas totais da Firma foram de R$1,2 bilhões, melhoria de 130% versus o 1T21. A receita de serviços da Companhia apresentou um aumento de 152% em comparação ao mesmo período do ano passado, destaque para a receita com cartões, floating e Inter Shop. Na receita com intermediação financeira o destaque no trimestre foram as operações de crédito, com aumento de 70%, e o resultado de operações com títulos e valores mobiliários com aumento de 295%.
O lucro líquido reportado pela Empresa no 1T22 foi de R$27 milhões, aumento de 32% frente ao 1T21. Resultado influenciado pelo aumento das receitas provenientes das operações de crédito e aumento das transações no marketplace.
Entretanto, as despesas administrativas impactaram negativamente o resultado da Companhia, ao reportar alta de R$180,2 milhões versus 1T21, somando R$465,3 milhões. Na mesma direção, as despesas com pessoal alcançaram R$145 milhões no trimestre, aumento de R$64 milhões comparado ao mesmo período do ano passado.
Durante o trimestre, o CAC (Custo de Aquisição de Clientes) foi de R$29 por cliente. A alta em relação aos R$28 apresentados no 1T21 está relacionada, especialmente, à ampliação dos custos de marketing. O CTS (Custo de Servir por Cliente) registrou avanço de 1,9% versus 1T21, explicado pelo crescimento nos investimentos na plataforma e em pessoas. Por sua vez, a ARPU (Receita Média por Cliente) obteve avanço, alcançando R$195,3 no 1T22 (+2,4% contra o 1T21).
A carteira de crédito ampliada atingiu R$19,8 bilhões, um crescimento de 81% na comparação anual, destaque para a carteira de cartão de crédito, crédito consignado e crédito rural. A provisão para créditos de liquidação duvidosa para o 1T22 fechou em R$243 milhões, aumento de R$99 milhões em relação ao 4T21. O NPL (créditos com inadimplência) acima de 90 dias fechou o 1T22 em 3,3% aumento de 0,7 pontos percentuais na comparação anual. O Índice de Basileia do Banco Inter no1T22 ficou em 35,7% (-8,6 pontos percentuais contra o 4T21).
Os bons resultados divulgados pelo Inter no 1T22 demonstram o potencial de crescimento que a Instituição possui por meio do desenvolvimento dos serviços e ampliação de produtos em sua plataforma. Além disso, com a nova reorganização societária aprovada, a Companhia destrava muito valor acessando um mercado de capitais mais desenvolvido com maior oferta de capital que é a Nasdaq. Dessa forma, recomendamos a compra do ativo BIDI11 no longo prazo.
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